Modificações cinemáticas do joelho durante a corrida com velocidades progressivas em homens com dor patelofemoral

Abstract

A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é um comprometimento frequente do joelho em adultos, associado a desgaste articular e desequilíbrio musculoesquelético. Embora existam estudos que analisem o padrão de marcha e corrida em pacientes com SDPF, não há estudos que investigam a influência das velocidades progressivas sobre o padrão cinemático de corrida. Este estudo comparou os padrões cinemáticos de corrida do joelho de indivíduos com SDFP em velocidades progressivas, com indivíduos saudáveis. MÉTODOS: Participaram do estudo 31 corredores recreacionais do sexo masculino (n=13 com SDPF – GCD; n=18 controles – GC). A análise cinemática (Qualisys, Pro-reflex System, Suécia) foi realizada durante a corrida na esteira em três velocidades diferentes: 9, 11 e 13km/h. Marcadores reflexivos foram fixados na extremidade inferior direita no GC e no joelho sintomático ou mais doloroso no GCD. O pico de flexão, adução e rotação interna do joelho durante o apoio foi analisado no estudo e comparado separadamente através do teste ANOVA TWO-WAY. RESULTADOS: Valores estatisticamente significativos foram obtidos para o pico de adução do joelho, sendo o grupo experimental (com SDPF), o grupo com maiores ângulos de adução. Não houve influência significativa no pico de flexão e rotação interna, tão pouco com o aumento progressivo da velocidade. CONCLUSÃO: Os corredores com SDPF apresentaram maiores ângulos de adução do joelho, o que contribui para o aumento do desgaste articular e agravamento do quadro de dor, esse padrão de corrida pode estar associada a falta de controle do seu movimento por desequilíbrios musculoesqueléticos. ________________________________________________________________________________ Patellofemoral Pain Syndrome (PFPS) is a frequent knee disorder in adults, associated with joint wear and musculoskeletal imbalance. Although there are studies that analyze the gait and running pattern in patients with PFPS, there are no studies that investigate the influence of progressive speeds on the kinematic pattern of running. This study compared the kinematic patterns of knee running of individuals with PFPS at progressive speeds, with healthy individuals. The hypothesis was taken that the individuals with PFPS have a greater knee adduction in their running pattern. METHODS: 31 male recreational runners participated in the study (n = 13 with SDPF - GCD; n = 18 controls - CG). The kinematic analysis (Qualisys, Proreflex System, Sweden) was performed during the treadmill race at three different speeds: 9, 11 and 13 Km/h. Reflective markers were attached to the lower right extremity in the CG and to the symptomatic or more painful knee in the GCD. The peak of knee flexion, adduction and internal rotation during support was analyzed in the study and compared separately using the ANOVA TWO-WAY test. RESULTS: Statistically significant values were obtained for the peak of knee adduction, with the experimental group (with PFPS) being the group with the greatest adduction angles. There was no significant influence of speed on the peak knee flexion and peak internal knee rotation variables between the groups. CONCLUSION: Runners with PFPS presented greater knee adduction angles, which contributes to increased joint wear and worsening pain, this running pattern may be associated with lack of control of their movement due to musculoskeletal imbalances.